domingo, 4 de abril de 2010

Ps: Ninguém me ama!

Sexta-feira da Paixão e eu não pretendia fazer nenhum programa radical. Eu poderia vestir uma roupa fantástica, calçar sapatos fantásticos e ir à boate (fantástica?) em que um ex-namorado toca, mas não fiz isso. Não fiz por pura compaixão e solidariedade ao sofrimento de Jesus Cristo. Bonito, né? Bonito e inédito, uma vez que sempre passo por esse tipo de data sem pensar no que ela significa.

Fui convidada a uma reuniãozinha na casa de um amigo, mas não fui. Queria que ele sentisse a minha falta e refletisse sobre os motivos da minha ausência. Cheguei a traçar um cenário ótimo no qual ele me ligaria pra perguntar: "Karol... você não vem? Por que?". Já são 1:40 da manhã de sábado e ele parece não ter sentido a minha falta.

Fiquei em casa, então, procurando algo interessante nos canais pagos – que, algumas vezes são tão ruins quanto os abertos. Fox, People+Arts, Warner, Cartoon Network, Discovery... Até encontrar P.S.: Eu te amo, em um TeleCine qualquer.

Comecei a assistir ao filme ao lado do meu irmão, de 16 anos, que trás a namorada aqui em casa pela primeira vez AMANHÃ. No início, ele, enroscado num edredom, nem prestou muita atenção... até me pegar chorando. Pronto. Daí até o fim do filme ele passou me perguntando se eu não sentia falta de um namorado ou me chamando de mal amada.

Quando o filme terminou eu tinha perdido pelo menos 500ml de água na forma de lágrimas, meus olhos estavam mega inchados e o meu nariz parecia uma batata vermelha. E se eu estou até agora de frente ao computador é pra dar tempo de a minha cara melhorar ou amanhã eu acordo pior ainda.

O que mais me assusta nisso tudo é saber que meu irmão pode ter razão!

Obs: A minha internet está com graves problemas técnicos, logo, não sei quando esse texto postado.

Um comentário:

  1. é karol,
    as vezes me sinto atriz secundaria da minha própria vida, especialmente no dia que o cenário infálivel do ele-vai-ligar-perguntando-pq-não-fui falha.

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